O sacrário estava do outro lado do rio

Quando você vai a igreja fazer adoração; á que distancia fica do sacrário? Longe, próximo, muito próximo ou em baixo do mesmo. Veja o que encontrei certa vez. Em uma viagens de missões evangelizadoras em nossa região: no estado do Para região norte do Brasil nunca esqueci um acontecimento que imprimiu em meu coração um amor maior por Jesus presente na hóstia no sacrário.

Fui enviado por meu coordenador a dirigir um encontro promovido pela Renovação carismática católica em uma comunidade interiorana do município de Inhangapì aproximadamente 100 km da capital Belém - Para.
Depois de um momento de pregação e oração fui surpreendido por um uma jovem acompanhada de um pequeno grupo de adolescentes, aproximadamente dez a doze não me recordo ao certo. A mesma em nome do referido grupo me surpreende solicitando um tempo, pois gostaria de tirar um duvida. Afastamos-nos um pouco dos participantes e ela um tanto descontráriada começou a relatar o motivo de sua duvida. Dizia a mesma: “É que sou catequista destes meninos; e um dia decidimos fazer adoração a Jesus sacramentado e depois dessas adorações nossas vidas teve um novo sentido. Percebi que os meninos começaram a ter mais interesse pelas aulas de catequese.” Eu em meu orgulho espiritual pensei: “o que eles estão fazendo de mais. Pois é nosso dever fazer adoração ao santíssimo.” Mais para impressionar a catequista e seus catequizando Parabenizei tal gesto.

Mas, para minha surpresa aqueles adoradores me surpreenderam dizendo: “mais em nossa comunidade não há sacrário!” Mas, como há adoração se há não um sacrário? Perguntei assustado e preocupado com a resposta. “Eles responderam juntos: “mais na igrejinha do outro lado do rio tem sacrário. Mas, não tem como chegar lá. Pois “fica a quase mil metros de largura e alem do mais as águas são muito violentas e não dar para atravessar.” E eu fiquei cheio de curiosidade para saber como eles faziam adoração se poderiam chegar ao sacrário com facilidade. E perguntei: “E como vocês fazem adoração?” Ela, a catequista respomde em nome de todos: “ Duas vezes por semana nós nos reunimos na beira do barranco do rio dobramos os joelhos e adoramos o Senhor que sabemos que esta lá do outro lado no sacrário da outra capela. E nossa alegria fica ainda maior quando percebemos que a porta da igrejinha esta aberta naquela noite.

Gostaria de saber se o que estamos fazemos esta errada? Pois é muito bom, e não queríamos para de adorar.” Ela terminado olhando - me com os olhos lacrimejantes.
Diante daquela revelação não conseguir da a resposta para aqueles adoradores que queriam saber se estavam fazendo errado ou certo. Pois meu orgulho espiritual naquele momento foi desmanchando-se como um castelo de areia diante das ondas. Queria chorar, pois minha casa fica a duas quadras da capela, e rara eram as vezes que fazia adoração, e quando decidia ir na capela tinha que adorar em “baixo do sacrário”.
Quando testemunhei este fato ao nosso bispo diocesano Dom Carlos Verzelett; vi seus olhos encherem- se de lagrimas de felicidade que logo providenciou para a referida comunidade um sacrário. E se enche de alegria ao contar este fato de amor eucarístico.
Há quanto tempo você não adora o Senhor; ai perto de sua casa? Quais obstáculos á entre você e o sacrário mais próximo? Porque quando adora precisa ficar tão perto do sacrário. Muitas vezes ate esquecemos que quando estamos caminhando em direção ao mesmo deixamos de adorar o Senhor na pessoa do irmão que já estava na igreja antes de nós.