quarta-feira, 28 de setembro de 2011

AOS LEIGOS, QUE INVADIRAM AS SACRISTIAS E ESQUECERAM SUAS CASAS

“Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens.” Mt 5. 13.

O campo de atuação missionária do leigo é a sua vida em suas diversas dimensões, pois é lá que o mesmo tempera o mundo em que vive com o sal do Evangelho através de seu testemunho de vida .

Muitos ainda não descobriram sua missão dentro da Igreja e gastam seu tempo precioso em ações muitas vezes infecundas dentro dos limites do templo. Basta um olhar atento antes e após a Celebração da Eucarística que logo percebemos o fluxo de pessoas em torno do Padre entrando e saindo da sacristia. São tantos os que querem esta próximo do sacerdote, e aqueles que de alguma forma desejam ajudar que as colisões entre eles são inevitáveis em virtude do pouco espaço tão bem disputado por aqueles que desejam colaborar. E muitas vezes desempenhando tarefa que é de responsabilidade do Padre e da equipe de acólitos.

Outro fenômeno muito comum encontrado neste mesmo ambiente paroquial e comunitário é formado por aquelas pessoas que gastão maior parte do seu tempo em atividades da vida eclesial envolvidos nos diversas serviços, pastorais e nos movimentos eclesiais. E muitas vezes terminam participando das atividades ou reuniões em todas as noites de sua semana. No entanto quando agimos desta forma esquecemos que nossa vocação é a vida familiar; onde devemos gastar a maior parte de nosso tempo.

Segundo Dom João Bosco Óliver – Arcebispo de Diamantina

“Os Leigos são cristãos que têm uma missão especial na Igreja e na sociedade. Pelo batismo, receberam essa vocação que devem vivê-la intensamente a serviço do Reino de Deus. (...) Dentro da comunidade eclesial, os leigos são chamados a desempenhar diversas tarefas: catequista, Ministro da Eucaristia, agente das diferentes pastorais, serviço aos pobres e aos doentes. São chamados também a colaborar no governo paroquial e diocesano, participando de conselhos pastorais e econômicos”.

É muito louvável quando encontramos leigos que fizeram a bela e inesquecível experiência do encontro pessoal com Cristo ressuscitados e “disponibilizam parte do seu tempo colaborando com seus dons na vida paróquia ou comunitária”. Mas infelizmente é comum encontrarmos dento de nossas “sacristias” pessoas que caíram na armadilha do ativismo religioso e muitos destes usam suas atividades nos serviços, pastorais e movimentos como fuga dos problemas familiares e pessoais. Tais pessoas acabam ficando sem tempo para “Celebrar os momentos Sagrados da vida Familiar em suas casas” e conseqüentemente não encontram tempo para os momentos de intimidades com o Senhor em momentos de oração pessoal. No entanto agindo desta forma não percebem que causam problemas de relacionamentos na vida comunitária e em seu convívio familiar.

Ainda afirma o Bispo Dom João Bosco Óliver “(...)Por isso o papel do leigo não é ficar o dia todo na igreja, mas ser fermento nesses campos de vida e de atuação, ser "sal da terra e luz do mundo". Nesses ambientes deve se empenhar para a construção efetiva do Reino de Deus. (...) Quando os leigos assumem de fato sua missão específica, podemos sonhar com uma nova ordem social.” Mas são muitos os que ainda não compreenderam a beleza de sua missão e gastando maior parte de seu tempo dentro das sacristias são como o sal dentro do saleiro; enquanto seu mundo; isto é o seu ciclo de convivência familiar e social não faz a bonita experiência de Cristo através de seu testemunho.

Se o leigo compreende o verdadeiro sentido de sua missão no mundo “como colaborador da vida eclesial” o mesmo teria um papel fundamental no crescimento das ações pastorais em sua comunidade. Pois bastava que o mesmo assumisse uma das diversas atividades, e assim gastando uma ou dois noites de sua semana para desenvolver bem o que lhe fora confiado. Isto sem contar com o Domingo que já pertence ao Senhor e a convivência familiar. Desta forma teríamos mais pessoas engajadas nos serviços pastorais, mais famílias felizes e leigos com uma consciência equilibrada de sua missão como colaborador na missão da Igreja neste mundo que precisa ser salgado com sal do Evangelho.

Um comentário:

  1. é muito importante a presença do leigo nas diversas atividades na igreja, mas o seu principal campo de evangelização é a família e ambiente de trabalho, dando testemunho e passando a fé aos seus com a sua vida.

    ResponderExcluir