Desde a criação Deus manifesta o ardente desejo de libertar o homem todo e todo o homem. A princípio, Ele liberta o povo de Israel, seu povo eleito, mas escravizado pelo poder Egípcio (cf. Ex 14, 1 - 30). Porém, não era apenas essa libertação que Deus queria realizar no meio de seu povo eleito, libertação essa que se estendeu a todos nós. Deus assim declara-se nosso Senhor e Salvador (cf. Isaías 45, 25). Porém, quando não mergulhamos no mistério salvífico, revelado na Pessoa de Jesus, corremos o risco de não compreendermos o Plano de Salvação que Deus tem para o homem em sua totalidade.
Quando nosso aparelho de telefone ou algum eletroeletrônico está danificado, provavelmente, nossa primeira iniciativa é procurar o vendedor ou mesmo um especialista e relatar o problema ocorrido. Assim, procuramos um local apropriado, onde poderemos encontrar a solução. Mas o que fazemos ou para onde vamos quando nossos problemas estão não mais em nosso plano material, mas em nossas mentes e corações? Problemas estes que tiram a nossa paz. Muitas vezes acabamos esquecendo que somos partes do grande Plano de Salvação gestado no Coração de Deus.
No Evangelho encontramos a passagem de uma mulher que padecia a 12 de um fluxo de sangue (cf. Mc 5, 25 - 34). Porém, quando já não encontrou solução humana para seu tormento, ela decide entregar-se, confiando sua vida, nas mãos do Único que poderia por fim ao seu sofrimento. Quantas vezes não cometemos o mesmo erro de buscar a solução de nossos problemas longe Daquele que possui o Poder e o Amor para resolvê-los? Por isso, por tantas vezes adentramos ainda mais na infelicidade.
Certa vez, um pregador perguntou: “O que é necessário para acender uma vela?”. Com isso, muitos responderam: “Fósforo...” outros: “Fogo...”. Mas, sorridente, o pregador respondeu: “Basta que ela esteja apagada”. Ou seja, basta apenas que nós pecadores reconheçamos que estamos envoltos da escuridão do pecado. Escuridão que nos impede de vermos a verdadeira Luz que é Cristo. Porém, quando deixamos que essa Luz tome conta de nossa vida, todas as trevas são dissipadas.
Por fim, Paulo traduz na Carta aos Romanos o insondável e infinito a Amor de Deus Pai (cf. Rm 5, 20). Um eterno desejo que o homem esteja em comunhão com Ele. Por esse motivo, ao longo de toda História da Salvação sempre buscou sua amizade. Foi então, com a Paixão, Morte e Ressureição de Seu Filho Único que nos garantir a Salvação, a verdadeira libertação almejada para todo Seu povo, abrindo as portas para retornarmos ao convívio da Comunidade Trinitária. Assim, no Mistério da Cruz todos os homens de todas as nações e de todos os tempos são salvos. Basta apenas, que nós abracemos a Salvação que nos foi oferecida: onde o pecado destroi; Deus derrama seu amor abundantemente no seu Cristo.(cf. Ef 2, 8).
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