segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A COMUNIDADE, NINHO QUENTE DO ESPIRITO SANTO.

Ao contrario do que muitos imaginam o primeiro dom do Espírito Santo não foi as manifestações dos carismas, mas o milagre da vida em comunidade: “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. At 2,1. Quando nos reunimos em comunidades como irmãos e não como adversário em busca do poder na mesma e nos deixamos ser atraídos pelo amor de um para com o outro na vida comunitária por menor que esta seja. o Senhor faz diariamente “o derramamento de suas bênçãos como nos demonstra o salmista:
“...Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos. É como um óleo suave derramado sobre a fronte, e que desce para a barba, a barba de Aarão, para correr em seguida até a orla de seu manto. É como o orvalho do Hermon, que desce pela colina de Sião; pois ali derrama o Senhor a vida e uma bênção eterna.” Sl 132.

Uma comunidade que faz a experiência da comunhão entre os seus experimente constantemente os milagres que estão escondidos no desafio de cada relação. Pois a mesma é provocada pela ação amorosa do Pai que derrama seu Amor sem cessar sobre os bons e maus: “...pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos.” Mt 5,45.

Toda relação é desafio e descoberta de um para com o outro. E deveria ser sempre motivada pela experiência do amor de Deus que com sua pedagogia nos ensina como devemos amar. O ser humano tem uma grande necessidade de relacionar-se, pois o mesmo é por natureza um ser social. E muitos fogem do desafio da vida comunitária por medo das relações. No entanto será a mesma que o moldara. Recordo de uma historinha que aconteceu na era glacial: “ muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornavam a se afastar uns dos outros.

Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: desapareciam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

Sobreviveram!

Na vida de comunidade o melhor relacionamento não é aquele que une pessoas santas, mas aquele une o ser humano que é um “canteiro de obras em constante construção”, onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue motivado pela calor do amor que brota do coração da Trindade pedir perdão pelos próprios defeitos.

“Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” At ,2. 4. Quando nos sentimos amados na vida comunitária, amor este que é gestado no coração da Trindade, ficamos também cheios de Pentecostes.
Um dos apóstolos do Senhor não quis acreditar no milagre da ressurreição. Cof. Jo 20,25. O Senhor ressuscitado continua a fazer seus milagres na comunidade, pois o mesmo esta vivo e presente na Eucaristia e nos demais sacramentos. Quando não freqüentamos a comunidade assim como Tomé que se afastou de sua comunidade demorou crer na ressurreição. Também nós quando deixamos de freqüentar a mesma ficamos incrédulos assim como Tomé.
No dia de nosso Batismo vieram também todos os dons do Espírito Santo que foram confiados a nós pelo Senhor para que através dos mesmos os batizados tornen-se um colaborador em sua obra salvifica. Estes dons, se colocados a disposição nesta “comunidade ai próximo a sua casa” faria de você uma pessoa cheia do Espírito Santo e uma comunidade melhor por você fazer parte da mesma.

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